quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Entrevista que a ART RIO fez com Daniela Labra

Série Jovens Curadores: Daniela Labra / Young Curators Series: Daniela Labra

03 de setembro | Entrevista / Interview
Daniela Labra é uma jovem curadora e crítica de arte carioca. Ganhou destaque no meio devido aos diversos projetos que desenvolveu em prol da arte, com ênfase na performance. Doutoranda em História e Crítica de Arte pelo PPGAV/EBA-UFRJ, dirigiu o Festival Performance Arte Brasil (MAM/RJ) este ano e criou com a Galeria Vermelho (SP) a mostra de performance arte Verbo, em 2005. Foi curadora de projetos importantes como Performance Presente Futuro Vol I, II e III, Oi Futuro, RJ (2008-2010); Recordações de Uma Paisagem Não Vista, CCBNB Fortaleza e Cariri, (2009); e Investigações Pictóricas, MAC Niterói (2009), entre outros. Além disso, arruma tempo para a filha Anita, mantém o site artesquema e é DJ da festa Phunk!, que acontece durante a ArtRio, dia 10 de setembro no Espaço Acústica.

Como você começou a trabalhar com curadoria?

Descobri esse ofício quando fui fazer uma especialização em Comunicação e Artes em Madrid. Fizgraduação em teoria do Teatro na Uni-Rio e estava mais interessada em trabalhar com artes plásticas do que com teatro. No entanto, eu não queria seguir uma carreira estritamente acadêmica, porque gosto de realizar coisas. E no exercício da curadoria eu descobri uma profissão que alia pesquisa teórica com prática de montagem, realização de mostras e exposições, edição de conteúdo e várias atividades que não se restringem aos livros – embora estudar permanentemente seja um pré-requisito para um curador.

Para quem trabalha com curadoria, qual a importância de finalmente acontecer uma feira internacional de arte no Rio de Janeiro?

A importância se dá no sentido de que uma feira ajuda a enriquecer o meio de artes como um todo, criando maior circulação dos profissionais da área e claro, de obras. Torna o cenário mais dinâmico, interessante, e com isso surgem novas possibilidades de investimento e de trabalho para todos, do moldureiro ao curador, passando pelo dono da pensão. Com relação à cidade, esta também ganha com uma agenda cultural mais diversa.

De que maneira você está envolvida com a feira?

Vou coordenar a montagem de um estande de uma galeria carioca, algo que faço com muito prazer. Gosto muito de “levantar” uma exposição. Como é a primeira edição, estou bem curiosa para ver como a coisa toda irá funcionar. Torço para que se mantenha anual por que tem tudo para dar certo.

Como consegue conciliar o trabalho de curadora e DJ? A música e a arte possuem algo em comum?

O trabalho como DJ hoje em dia é mais eventual do que já foi, infelizmente, por que adoro tocar para pistas animadas, fazer o povo dançar. Por isso toco cativamente na festa Phunk! desde 2004, é ótimo. Se eu não tivesse escolhido as artes visuais acho que teria seguido o caminho da música de algum jeito. Ela está em todas as coisas, assim com a arte.

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